Livro Verão.. PARTE 5



Sábado 12 de Maio de 2013

Olá querido diário. Sentiu minha falta? Eu senti muito a sua. Parece que nunca iria ter um tempinho para nós. Mas hoje dei uma fugidinha. Não posso ficar muito tempo sem te dizer meus segredos. Eles vão se amontoando. Como deve ter percebido to cheia de novidades. E elas ficaram assim:

Em primeiro lugar minha vida ficou meio complicada, depois que Jacob e eu fizemos as pazes. Meu coração estava divido. Horas Jacob horas Seth.

Em segundo meu avô Carlisle resolve que o primeiro grupo iria embarca para Volterra no último dia desse mês. 30 de Maio. Nossas vidas estariam em contagem regressiva.

Perdoe-me querido diário. Meu tempo está curto e nem sempre poço lhe contar mais novidades. Estou ajudando a vovó a cuidar dos visitantes. Nossa são tantos. E isso me dá medo. 27 vampiros só para destruir um clã de outros vampiros. Isso me preocupa. Minha família ta nessa. Eu to nessa. Os lobos. Jake e Seth. É melhor mudar de assunto antes que tenha um ataque de pânico. Os lobos ficam mais perto de casa do que na reserva.

Querido diário. Eu havia lido minha última anotação. E percebi que não lhe contei o que houve depois das pazes com Jake.

Naquela noite, havia pedido a Jacob que fosse me ver. Parecia que o papai virou o porteiro da casa. Quando Jake chegou. Papai não o recebeu muito bem.

 Jacob? – Edward parecia assustado. – O que veio fazer aqui? Não vou aturar brigas em minha casa Jacob. Principalmente com minha princesinha. Você é como um filho para mim. Mas não permitirei que deixe a Nessie triste.
 Vejo que ainda não soube da nova. – Jake sorriu para papai. – Não vim para discutir com Nessie. Eu a amo você sabe. E fizemos as pazes hoje de tarde. Ah você não sabe o quanto estou feliz.
 Peraí. Preciso digerir essa informação. Vocês fizeram as pazes. E a Nessie não me falou nada. – ele parecia estar decepcionado. – eu vou da uma volta na cozinha.

Jake riu alto. Ouvi aquele sorriso incomparável, e desci feito uma desesperada às escadas. O vi sentado no sofá. Ele sorriu para mim. Meu coração querendo sair pela boca. Sentei ao seu lado. Ele me envolveu com seus braços longos. Quando ia beijá-lo. Tio Emmett manifestou-se.

 Parabéns Nessie. Agora não precisamos de exame de DNA. Para ter certeza que você é filha de Edward e Bella. Você tem o mesmo instinto para romances indesejados. Jacob. Você também parece que não tem muita sorte no amor. – o titio gargalhava alto. Ele é doido.

 É parece que a vida sempre arruma um jeitinho para que eu corra atrás de uma Cullen. Não é mesmo Edward? – ouvi o papai rindo da cozinha. O que ele queria dizer com aquilo? – bom dessa vez estou com a Cullen certa.
Mamãe o olhava. Como se estivesse lembrando algo.
 Jake você não desiste de sofrer? È masoquista?
 Bella não tem jeito. Lutei antes pela pessoa errada. Agora pelo menos todos sabem que estou lutando pela pessoa certa.

Mamãe sorriu para Jake. Mas não parecia feliz. Não entendi o porquê, havia desistido de entender.
Papai saiu da cozinha com um prato enorme. Não era pra mim. Não conseguiria comer tudo aquilo. Parecia um alimento pro incrível Hulk.

 Jacob. – papai entregou o prato a ele – Não quero ver meu futuro... – papai parou. Olhou pra mim e continuou. – Aliado de luta. Morrendo de fome antes da luta começar, não é? Lembre-se além de ler mentes também tenho ouvidos ótimos para saber quando meus amigos estão com fome.

 Desde a hora que sai de manhazinha. Não comi nada. Tava muito empolgado para ficar em casa comendo, mas fiquei correndo até ainda pouco antes de vim aqui.
Fomos interrompidos por uma batida na porta. O porteiro foi abrir. Olhei para saber quem era. Mas me foquei no olhar de papai. Pânico.
 Seth? – nessa hora me deu vontade de falar um palavrão.
 Edward a Nessie ta ai? Queria falar com ela. – papai virou uma estátua. Não disse nada só abriu a porta para Seth entrar. Por que ele o deixou entrar? Por que não disse que eu não estava.

Afastei-me um pouco de Jake. Para que ele pudesse comer em paz. Seth encarou Jake. E me olhou. Ah meu coração. Queria morrer ali mesmo. Vi o olhar dele. Parecia que queria chorar. Ainda me encarando ele disse.

 Depois eu volto. Não vou atrapalhar sua noite Nessie.

O vi indo embora. Não podia deixar. Tinha que explicar. Corri atrás dele. Sou uma tonta mesmo. Sou má. Brinco com os sentimentos do outros. Com os sentimentos dos dois homens que eu amava. Como pude fazer isso? Percebi que Jake me olhou quando sai da sala.

 Não vá embora – Gritei da porta como se não fosse um pedido e sim uma ordem.
Eu era egoísta. Queria os dois. Não ia ficar sem eles. Não até perceber quem eu realmente queria. O qual meu coração escolherá para sempre.
Corri atrás de Seth. O vi sentando na nossa pedra.
 Parece que esse será nosso refúgio definitivo. Muita coisa já aconteceu aqui. Esse lago ajuda a levar as lembranças ruins com as pequenas correntezas que há nele. – disse olhando para ele.
 Porque não me esperou? Era por isso que não queria deixar você ir sozinha. Jacob tem poder sobre você. Isso já é fato. Sabia que não iria dar certo. – Seth baixou a cabeça. Vi uma lágrima em seu rosto. Desesperei-me. – Só quero saber uma coisa Nessie. Quando nos beijamos você não sentiu nada? Você só retribuiu minhas caricias, por amizade? Me responde.

Sentei ao seu lado. Peguei sua mão. Mas ele retirou rapidamente. Não podia contestar. Ele tinha razão em ficar com ódio de mim. Eu era má.

 Beijei você porque gosto de você. Não sei bem o que eu to sentindo é algo diferente. Não como uma amizade, não é mais! E sei que não vai adiantar se eu pedir desculpas, mas Seth. Se não fosse hoje, iria acontecer em outro dia do mesmo jeito. Você sempre soube que eu amo Jacob e nunca iria desistir dele. – queria abraçá-lo, mas me segurei.

 Seth. Parece que não é só o Jacob que eu amo. Não posso mais viver sem os dois. É egoísmo, eu sei. Também sei que to fazendo os dois sofrerem. Sou má vocês deveriam se afastar de mim. Mas não iria agüentar. A culpa é toda é minha. Só pelo fato de existir já prejudicou a vida de muita gente. – Queria que Seth gritasse comigo. Dissesse eu te odeio.

 Pare com isso. – ele me abraçou. E pegou meu rosto para que pudesse me encara – Você não é culpada de nada. Ninguém é na verdade. Entendo você, não vou brigar. Agi como uma criança agora. Desculpe por isso. Só que fiquei com raiva por ver Jacob sentado, com você e sua família. Como se já fizesse parte dela. Por que você não me ligou, me contando o que tinha feito. Eu vi na mente dos outros lobos o porquê que Jacob estava tão feliz, e não entendia, não queria entender.

 Desculpe! Foi para resolver um problema e acabei com vários. Não suportei vê-lo na minha frente. Foi maior que eu. Acho que você também já sabe que eu o beijei. Não sei como explicar. Mas me perdoe Seth. – comecei a chorar feito uma idiota.
 Ta tudo bem, meu amor – amor? Ah droga agora sim me ferrei. Meu coração me entregou. Idiota. Idiota. Começou a bater como um retardado. – Não foi só isso que vi na mente dos lobos. Jacob anunciou nossa pequena batalha. Não tem problema, vou lutar por você também e como percebi. Também vou saber desistir quando você escolher um de nós. E pelo que parece, Jacob já começou a lutar.
 O quê? Já tem uma luta com que vocês devem se preocupar vindo. E vocês querem brincar de quem fica comigo? Não. Não quero que vocês se matem por mim. Eu amo os dois e se algo acontecer. Não vou me perdoar nunca.
 Shiii. Já é tarde. – Seth me calou, colocou seu dedo em minha boca. – Você precisa ir. Não se preocupe já somos crescidinhos pra ficar brincando por ai – Seth sorriu – E outra, uma coisa Jacob teve razão. Quando ele estiver com você me avise que virei outro horário, só para evitar algo pior.

Mesmo sendo um absurdo concordei. Privar-me da companhia dos meus amigos. Por causa dessa luta idiota que eles estão travando e ainda mais por minha causa.
Fitei o chão. Seth levantou meu rosto.

 Não esconda seu rosto de mim.

Respira. Respira Nessie. Era só o que eu conseguia pensar. Ele acariciava meu rosto. Começou na minha testa. Abaixou para meus olhos. Como se estivesse estudando as formas do meu rosto. Minhas bochechas. A ponta do meu nariz. Se eu não fosse meio humana. Já teria morrido. Meu coração quase explodiu quando ele tocou meus lábios. Seth sorriu. Abri os olhos.

 O que foi?
 Seu coração. Sua boca diz uma coisa ele diz outra.

O encarava. Percebi quando se aproximou mais. Só que meu corpo não me obedecia.
Pra falar a verdade não queria me mexer. Senti seus lábios quentes nos meus.
Continuei dura como uma estátua só meus lábios se mexiam. Senti-o puxar minha cintura pra mais perto. Senti meu corpo esquentar. Mas não era o calor dele. Vinha de mim. Não sabia o que era. Mas a sensação era maravilhosa. Até que ele me pegou com força. Não sei como, mas já estava no colo dele. O envolvi com meus braços. Senti-o passar suas mãos pela minha costa. Nossa o que era aquilo. O queria pra mim. Inteiro. Só pra mim. Passei minhas mãos no seu cabelo. Ele parou de me beijar e foi para meu pescoço. Passava a língua em minha garganta. Tava ficando louca. Até que arquejei. Sai do colo dele rapidamente. Minha respiração estava ofegante. O que ele fez comigo?

Ele percebeu que eu já estava sem ar. E sorriu. Parecia satisfeito. Puxou-me novamente. Só que antes de me beijar novamente pus minha mão sobre a boca.

 O que? – ele disse. Tava irritada. Porque não tirava aquele sorriso do rosto?
 Preciso respirar.
 Desculpe. Não quero causar um infarto em você.
 É esse seu modo de lutar? Beijos.
 Na verdade não. Mas sou muito, muito cruel. E você se derrete toda quando a beijo.
 Não derreto não. – não queria demonstrar fraqueza. Mas ele tinha razão. Não resistia àqueles lábios carnudos.
 Como disse: sua boca diz uma coisa, e seu coração outra. – quando ia protestar ele me beijou novamente – você tem que ir meu amor.

Olhei para ele. Se eu tivesse raio lazer nos olhos ele tava frito. Quando chegamos em casa. Seth olhou em direção a floresta. O que ele viu? Enrugou a testa. Olhou-me, deu um sorriso e um beijo de boa noite na testa. O olhei até sumir na floresta. Quando subi as escadas. Lembrei de Jake. Ele deve ta me odiando agora. O que eu arrumei pra minha vida. Quando um for embora vou ter que consolar o outro? Apesar de soar ruim. Gostava de saber que teria os dois ao meu lado.

Quando coloquei minha mão na maçaneta. Ouvi um galho quebrar. Alguém estava atrás de mim. Seth? Será que ele voltou. Quando virei já até estava prepara para o que ia dizer. Esqueceu o que? E ele iria dizer um beijo. Fiquei paralisada. Era Jake. Já estava preparada pra ouvir suas queixas. Mas não liguei. Ele estava sem camisa. Será que era de propósito? Meu coração. Como sempre. Gritou alto para Jacob ouvir.

 Nossa Nessie. Se você fosse humana já teria tido um enfarte. – Que isso um dejávu? – Seu coração gosta de aventuras não é?

Ele se aproximou mais. Ah como queria chorar. Pedir perdão. Dizer que não o merecia. Não merecia nenhum dos dois. Mas não podia. Não ia sobreviver por muito tempo. Senti-o tocar minha mão. Ele viu meus olhos vermelhos. E me puxou para seus braços. Iria pedir perdão. Mas não naquele momento. O abracei com todas as minhas forças. Sabia que não ia machucá-lo. Ainda tinha uma parte humana e fraca em mim. O perfume dele era tão bom. Me fazia querer ficar ali pra sempre. Nos braços dele. Sentindo seu calor. Sua respiração ofegante como a minha. Não era só o meu coração que se entregava naquela noite.

 Me perdoa. Você já deve saber o que aconteceu. Sou uma i..
 Não me interessa o que você e Seth fizeram. – ele me fitava. Não com olhar amargurado. Mas como se estivesse me contemplando. – A partir de hoje somos só nós dois. E é isso que importa. O que acontecer fora disso não preciso saber. E ele também não. É melhor pra ele. Pra mim. E principalmente para você. Minha vida.

Agora sim ficou perfeito. Seth me chamando de amor. E Jake de minha vida. Qual o pior? Se não era minha boca que falava. Era meu coração que dizia. Na verdade avisava que ainda vem muita coisa pela frente. Gritando feito um doido fugindo de um manicômio.

Jake olhou para mim. Como se dissesse agora é minha vez. Ele se aproximou devagar. Sem tirar seus olhos dos meus. Deixando-me a beira de um enfarte. Afinal ainda era meio humana. Começou a roçar sua pele no meu rosto. Sentindo sua pele macia e quente. Gritava por dentro. Eles queriam me deixar louca. Começou a me beijar da bochecha ao pescoço. Fechei os olhos para prolongar o castigo. Um castigo que iria ficar muito feliz em receber. Ele saiu da minha frente e foi para trás de mim. O senti beijar minha nuca. E foi subindo para minha orelha. E pior começou a morder. Meu corpo estava pegando fogo. O calor era maior daquele que senti com Seth.

Minhas pernas ficaram bambas. Senti tudo girar. Quando percebi Jake estava me carregando. Era maior do que o que senti com Seth. Quando abri os olhos. Aproximou-se, e disse em meu ouvido.

 Ainda não fiz nem a metade do que tinha planejado. – Jake era o mais malvado. – E você já começa a desmaiar. Tenho que admitir mereço muitos pontos por isso.
 Quantos quiser.

Jake sorriu. Soltou-me para que ficasse em pé novamente. E voltou a me beijar. Agora no queixo. Ao redor da minha boca. Abria minha boca desejando-o fervorosamente. Até que ele pegou minha nuca. E beijou-me. Não sabia o que era mais excitante o carinho ou o beijo.

O beijei com toda vontade que tinha. Passei minhas mãos em sua costa. Nua. Macia. Quente. Deliciosa.

Alice. Tia Alice. A amava tanto. Como sempre só ela sabia quando me tirar de uma encrenca. Bom aquilo não era exatamente uma encrenca. Mas se era maldade. Sim era. Que modo mais horrível e maravilhoso de me disputar.

 Jacob. Não mate minha sobrinha. Ainda nem a fiz usar todas as roupas que comprei. Se não lembra ela ainda é meio humana. Se o coração dela parar. Vou persegui-lo até os cofins da terra.

Jake sorriu. Abraçou-me por trás. Para ver tia Alice. Não sabia se morria por que tia Alice me pegou no flagra, ou pelos beijos infames de Seth e Jake. Senti minhas bochechas arderem. Deviam estar vermelhas como tomate.

 Alice. Alice gosto muito de você. Minha querida irmãzinha. Vou precisar de sua ajuda daqui para frente. Não tem como você levar a Nessie amanhã até a praia? Se disser que não. A aspirina ambulante aqui. Vai ficar de mau.
 Hora de pagar pelos empréstimos – Ela sorriu. Aspirina ambulante. Que comparação horrível – Por mim tudo bem. Que horas?
 As 17:00. Estarei lá. Por favor, leve-a sem atrasos. Minha manhinha vampira preferida.
 Ta já chega de bajulação. Nessie entre.

A tia Alice entrou. Ele me virou. Tocou em meu rosto. E beijou-me novamente. Mas dessa vez menos agressivo. Menos quente. Um beijo demorado de boa noite. Senti a vertigem voltar.

 Consegue andar sozinha ou quer que eu te carregue até seu quarto?
 Bem que eu queria. Mas como iria explicar isso ao meu pai? Deixa ei ir cambaleando que ta tudo bem.
Jake sorriu. E me levou até a porta. Via a tia Alice encostada na parede.
 Que feio ficar ouvindo a conversa dos outros. – disse baixinho. Ela sorriu.
 Princesinha. Quero te apresentar o Arthur. Ele é o novo membro que irá brigar na luta.
 Tia. Amanhã. Deixe as apresentações para amanhã. Estou muito cansada.
Deixei a titia falando sozinha. Subi as escadas rapidamente. Estava realmente cansada. Queria sonhar. Imaginar a continuação dos beijos de Jake.

Boa noite querido diário. Deseje-me sonhos agradáveis. Com os homens da minha vida. Sim. Os desejava até em sonhos. Minha adolescência renderia um ótimo livro. Apesar de durar só alguns meses.

Domingo, 13 de Maio de 2013
Decidi que hoje o dia seria diferente. Já são 17:00 horas. A hora do crepúsculo. E todos os vampiros da casa foram caçar. Pedi à mamãe que me deixasse ficar. Saciaria- me com alimentos humanos. Já que a geladeira está farta por causa dos lobos. Acho que não preciso repetir, mas sou meio humana. Apesar de sangue ser muito melhor que alimento humano. Não queria caçar. Estava exausta. Fiquei com a casa só pra mim. No meu quarto ouvindo minhas músicas prediletas.

Ah sim. Não posso esquecer-me de lhe falar como foi conhecer o Arthur. O mais novo aliado da família. Irei resumir. Arthur Grigori. Amigo do tio Garret. Nômade. Inglês. Descendente de reis e rainhas da Inglaterra. Pelo menos era o que dizia. Alto. Acho que até passava o tio Emmett. Branco, muito branco. Olhos vermelhos. Tio Garret disse que ele estava tentando adaptar-se a nossa dieta. E não demoraria, para que seus olhos mudassem de cor. Para o dourado da família. Cabelos pretos como uma noite sem lua. Lisos. Meio comprido. Que ia até a nuca. Na frente uma partinha. Deixava seus olhos meio escondidos. Misteriosos.

Lembro também. Quando ele disse que descendia de reis e rainhas. O que me interessou bastante. Ele já foi rei. Rei Arthur. Tive a impressão de já ter ouvido falar de um rei Arthur. Mas não liguei. Ele teve que sumir. Desaparecer na verdade. Porque se não sumisse iam perceber que nunca envelhecia. Foi transformado antes de ser nomeado rei. Mas como exatamente e o porque ele não disse.

O conheci pela manhã. Pois ontem à noite. Quando tia Alice iria me apresentar ele, fugi, pois estava exausta e deixei as apresentações para hoje. Ainda lembro o que disse pela manhã.

 Quem diria. Uma raça nova. Meio humana meio vampira. Você é linda sabia. Apesar de décadas de vida. Ainda me impressiono com esse mundo de magia.

Gostei dele. Mas minha mente já estava ocupada com outras coisas. E não quis prolongar a conversa.

Depois das apresentações subi para o quarto mais antes de entrar ouvi uma batida na porta. Fui a primeira a abrir. Poderia ser Jake ou Seth.

 Tia Leah. – a abracei. – Estava com saudades. Você nunca mais veio aqui.
 Oi princesa. Preciso falar com sua tia Rose.
Fiz sinal para que entrasse. Tia Leah entrou e se deparou com Arthur na escada. Ele devia estar curioso. A cada momento conhecia um membro novo da família. Arthur ficou boquiaberto.
 Relaxa Arthur. Leah é da família. É a nossa irmãzinha. – Disse tio Emmett.
 O que? Uma humana é sua irmã? – Ele percebeu que havia se metido em uma família estranha. Que tinha uma filha meio humana. Que tinham amigos humanos. – Então nem preciso ver o restante da família.
 Na verdade não uma humana. Frágil. – olhou para ela e piscou. Lembrou-se da última luta. – Leah é uma loba. Faz parte de uma matilha, e que logo, logo irá conhecer.

Arthur encarava tia Leah. Percebi que ela estava se sentindo desconfortável com isso. Corri pra cozinha atrás da tia Rose.

 Prazer. Arthur Grigori. – estendeu a mão para cumprimentá-la.
 Prazer. – sem estender sua mão. – Leah Clearwater. – Percebi que Leah procurava algo. Olhou para mim como se tivesse achado.
 Acho que não preciso conhecer o resto da matilha. Pois se forem ignorantes como você. Prefiro manter distância. Pode ser contagioso.
 Se seu maior inimigo tivesse levantado sua mão para você. Você pegaria? – disse irritada.
 Não sou seu inimigo. Se for isso o que quis dizer – Arthur ficou assustado – Não a conhecia até hoje. E começo a me arrepender disso.
 Ela fala de vampiros Arthur. – Disse tio Emmett adorando a rixinha. – Lobisomens são inimigos naturais dos vampiros.
 Mas se são inimigos. Por que ela fala com você?
 Não considero Os Cullen como meus inimigos. Eles não tentam dizimar a raça humana ao qual eu e meus irmãos lutamos muito para proteger. Mas você. Seus olhos. Deixam-me enojada.
 Acho que não é minha raça que destrói a raça humana – disse Arthur rindo. – E sim sua ignorância. Percebi que você é totalmente desprovida de inteligência.
 Timtimtim. 2° Rodada. Luta empatada. O que será que Leah dirá com esse tapa na cara? – Disse tio Emmett como estivesse em um ringue de boxe.
 É melhor eu esperar sua tia lá fora. – ela disse olhando para mim. – Prefiro passar o dia olhando para uma pedra do que discutir com esse verme.

Arthur a encarou com raiva. Leah deu de ombros. Não ia retirar o que disse. Ouvimos a tia Rose gritar da cozinha.

 Leah? Onde ela está? Ouvi a voz dela.
 A culpa é do tio Emmett. Ele conseguiu irritá-la.
 Argh! Quando ela te morder não vou impedir. – E saiu.
 Essa tal de Leah. É uma infame. Não sei como sua família, culta se mistura com pessoas desse nível. Arthur disse..
 O seu reizinho de merda. – disse irritada. – tome cuidado com o que diz se não quiser que arranque sua cabeça fora. Leah e seus irmãos são muito mais educados que você. Se preocupe com a luta com os Demon Clã. Invés de ta reclamando como um bebezinho. – mostrei os dentes. Pra ele saber que eu ainda era uma vampira.
 Hahaha. Meu caro, Nessie ainda não foi vacinada contra raiva – disse tio Emmett.

Subi as escadas rapidamente. Antes que o ódio me consumisse ainda mais. Já até imaginava arrancando sua cabeça fora. Colocando fogo. E sorrindo. Pela primeira vez senti o sangue vampiro dentro de mim.

Ia sair com a tia Alice de tarde. Precisava escolher minha melhor roupa. Na verdade ia ver Jake. Seth apareceu em casa um pouco antes de sair. Contei-lhe o que havia acontecido. Depois de toda aquela raiva tive que rir com minha inesperada reação. Estávamos na nossa pedra. Beijamos-nos. Um dia normal. Mas meu coração gritava pelo nome de Jacob. Queria vê-lo desesperadamente. Mas também estava adorando estar com Seth. Até que ouvimos passos atrás de nós. Reconheci o cheiro era tia Alice.

 Desculpe-me pombinhos. Mas temos que sair Nessie.
Seth me levou até em casa. Deu-me um selinho de despedida. E uma florzinha que pegara na floresta. Isso foi muito fofo.

Já vestida no meu quarto. Olhava-me no espelho. Não sou perfeccionista. Mas precisava estar linda para Jake. Uma calça justa que torneava bem minhas curvas. Uma camisa com uma golinha delicada. Parecia que não me via há meses. Percebi que o volume na minha camisa havia aumentado. Estava deixando de ser uma criança e estava virando uma mulher. O único problema era que isso tava sendo muito rápido.

Tia Alice bateu na porta me chamando. Sai rapidamente. Só a ouvi dizer para toda família que iria me levar para fazer compras. E que não tínhamos hora para voltar.
Quando cheguei a La Push vi Jake em pé olhando para as ondas. Meu coração acelerou. Senti o vento trazendo seu perfume.

 As sete venho pegar você. – Tia Alice disse baixo.
 As oito, por favor, tia. – ela me olhou meio carrancuda. Mas moveu a cabeça dizendo que sim. Sorri para ela e disse obrigada.

Caminhei em direção a Jake. Quando cheguei ao seu lado percebi que estava de olhos fechados.

 Amo seu cheiro sabia.

Fiquei sem reação. Jake me olhou. Parecia sereno. Se existisse anjos não demoraria em dizer um nome. Jake. Se não pela bondade. Seria pela beleza.
Jake pegou minha mão e me guiou até uma fogueira acesa. Reconheci o lugar. Era o mesmo do nosso primeiro nada romântico beijo.

 Me perdoa. Agi como um idiota. E devia ganhar um prêmio Nobel por isso. Mas foi para o seu bem. É claro que queria saber o que você realmente sentia por mim. Se eu seria seu melhor amigo pra sempre ou algo a mais. Mas sua resposta foi rápida de mais. E não soube como reagir. Fugir foi à única solução que pensei.

Percebi que Jake sofreu tanto quanto sofri. Não deixei que dissesse mais besteiras e calei-lhe com um beijo.

 Não quero relembrar o que aconteceu. Vamos fixar no presente não no passado.
 Que horas você tem que voltar? – ele disse com suas mãos em minha cintura.
 As oito.
 Perfeito. Tenho umas surpresinhas para você.

Saiu de meus braços. Fiz bico. Ele sorriu. –E disse já volto. Fitei o mar. Era tão lindo. Jake voltou com uma mochila nas costas. Abriu e colocou duas toalhas brancas no chão. Uma caixinha. E uma garrafa térmica. Estendeu a mão e pediu para que me sentasse. Estava surpresa. Abriu a caixinha, havia pãezinhos dentro. Logo depois o vi pegar um vasilhinha de plástico cheia de morangos dentro. Sorri para vasilhinha. Eu adorava morangos. E Jake era o único que lembrava disso.

Jake pegou um violão que já estava lá. E começou a tocar umas das minhas músicas prediletas. Broken da Amy Lee. Ele tinha uma voz linda que me fazia querer sonhar a noite toda.

Mesmo com o calor da fogueira estava com frio. Vi ar gelado sair da minha boca. Senti um calafrio. Jake parou de cantar imediatamente e veio me esquentar. Sentia sua mão no meu braço esquentando minha pele. Não conseguia desviar meus olhos dos dele. Poderia ficar ali pra sempre. E pra mim estaria mais que perfeito.

Jake se deitou. O segui logo depois. Retribuindo meu olhar. Seu olhar não era igual ao de Seth. Era mais penetrante. Parecia que conseguia ver sua alma. E ele também via a minha. Dizia que eu pertencia a ele pra sempre.

Vi sua língua passar em sua boca. Para umedecê-las. Desejei-a ardentemente. Ele colocou sua mão em minha barriga. Pegando a minha e entrelaçando-as. Não conseguia parar de encará-lo. Meu coração começou a acelerar demais. Olhei para o céu para desviar de seu olhar penetrante.

Jacob se aproximou e começou a roçar seu nariz no meu pescoço. Me dando outro tipo de calafrio. Fazendo com que minha respiração ficasse ofegante.

Coloquei minha mão em seu cabelo. Acariciando sua cabeça. E a outra continuava morta na minha barriga. Jake começou a beijar meu pescoço. Passando a língua. Subindo para minha orelha. Dando leves mordidas. Me deixando louca. Arquejei. Jake percebeu e me puxou com força. Beijando-me intensamente.

Tirou a mão que estava entrelaçada com a minha. E começou a acariciar minha cintura. Me puxando para mais perto dele. Pus minha mão em seu braço exposto. O obrigando a se aproximar mais.

Jacob parou de me beijar. E arfou de dor. Abri meus olhos assustada.
 Nessie. Acho que quando estamos nos beijando acabamos perdendo o controle de nossos corpos. Mas é fantástico.

Ele olhou para seu braço. O segui. Quase gritei. Estava sangrando. Não. Não fui eu que fiz isso. Não pode ser. Perdi o controle. O que estava acontecendo comigo?
Levantei. Olhando para minha mão. Lá estava a prova. Minhas unhas só sangue. Sim fui eu. Queria chorar.

 Me perdoa. Me perdoa Jake. Perdi o controle. Me perdoa.
 Shhh! – Jake pôs seu dedo na minha boca. Pegou minha mão puxando-me novamente para deitar ao seu lado. Obedeci – Daqui a cinco minutos já vai ter desaparecido meu amor. Esqueceu que me curo facilmente?

Sorri para ele. Meu sentimento de culpa iria desaparecer daqui a cinco minutos. Jake beijou meu pescoço mais uma vez e disse baixinho em meu ouvido.

 Você ainda tem presas. Não tem?
 O que? Por que você quer saber se eu ainda tenho presas? – olhei-o abismada.
 Quando você era criança vivia me mordendo. Seu veneno não fazia mal a mim. Queria saber se ainda sou imune.
 Não. Não ficou louco? O que você ta pensando? E se não for mais? Não vou testar nada em você. E se for testar não será com você.

Jake mordeu meu pescoço calando-me. Como ele conseguia me estabilizar. Meu corpo ficou paralisado. Começou a passar a língua. Já estava ficando louca novamente. Nunca tinha sentido essas sensações tão fortes antes. Mas estava adorando.

 É só um teste.

Ele colocou seu dedo em meus lábios. Senti o cheiro do seu sangue. Com cuidado mordi seu dedo. Senti o sangue jorrando. Lambi seu dedo. Jake arfou. Não era doce. Era meio amargo. Devia ser por causa da transmutação. Ele não era completamente humano. Jake lambeu meus lábios.

 Ta vendo. Não aconteceu nada. Ainda sou imune.
 Posso saber o por quê?
 Como eu posso explicar. – Jake me olhou medindo as palavras. – Quando estamos nos beijando ou até mais. Perdemos o controle. Como hoje você só me arranhou. E se me mordesse? Precisava saber se era imune.
 Você quer que eu te morda? – disse sorrindo. Jake me puxou para mais perto.
 Se quiser. Aceito tudo que venha de você

Jake me beijou intensamente. Antes que tivesse um ataque novamente. O empurrei, e pus minha cabeça sobre seu peito.

Olhei para o céu. O sol já estava se pondo. Era lindo. Jacob decidiu que devíamos comer. Pela primeira vez. Aquilo tudo era cansativo.

Depois de comer pãezinhos de queijo. Bebi o chocolate quente. Estavam deliciosos. Virei o copo de chocolate até acabar. Senti algo quente cair em minha pele. Era uma gota de chocolate, um pouco acima dos meus seios.

 Ah que lindo. Parece que voltei a ser criança. – Levantei minha mão para enxugar. Mas antes Jake segurou meu braço.
 Não se mexa.

Já tinha visto isso antes. Jake aproximou-se devagar. Puxando minha gola devagar fazendo com que o primeiro botão abrisse. Senti sua língua quente na minha pele fria. Meu coração acelerou dos 50 aos 100 em segundos. Tudo rodou e apaguei.

Quando abri os olhos já estava deitada. Jake me olhava e sorriu.

 Disse para não se mexer. Não pra parar de respirar.

Pedi desculpas. Ele sorriu. Jake ficou em cima de mim se sustentando em um dos braços. Com a mão direita retirou um cabelo indesejado do meu rosto. Depois começou a deslizar seu dedo até a abertura do decote e voltava até meus lábios. Meu coração acelerou. Jake não pensou duas vezes e me beijou. Com mais intensidade. Senti suas mãos deslizando de minha cintura para bem perto do meu bumbum. Senti seu corpo ficando mais quente. Ai meu Deus iria morrer. Se não do coração. Seria meu pai se descobrisse.

Minha mão direita com vida própria. Começou a alisar sua pele por baixo da camisa. Jake mordeu meus lábios. E mais uma vez o arranhei. Dessa vez foi de propósito. Ele arfou entre o beijo, mas não parou. Meu corpo estava tão quente que a qualquer momento evaporaria.

Ouvimos o toque de um celular. Jake parou de me beijar. Sem sair de cima de mim. Pegou minha bolsinha. E viu o número.

 Ah droga. Que horas são? É a Alice.
Jake esperou parar de tocar.
 Incrível. São exatamente oito horas. – Jake fez uma careta – Acho que é hora de ir.

Fiz cara de criança que acabara de perder o pirulito. Jake riu e voltou a me beijar. Levantou-se me puxando. Ajeitou sua blusa. Se tia Alice não tivesse ligado ele já estaria sem camisa. Fiquei corada com esse pensamento.

 Você vai dormir no castelinho? – Sorri para ele e movi a cabeça confirmando.
 Então deixe a janela aberta. O vento fica mais quente de madrugada.
 Hum! O vento. Claro – disse ironicamente.

Jake me olhou sério. Puxou-me para perto dele e beijou-me. Tirando todas as forças que já estavam voltando. Logo depois mais um toque. Era tia Alice de novo. Atendi.

 Já estou indo. Respire. Já estamos andando. – ela sorriu.
 Gosto de cumprir horários. Espero que da próxima vez eu seja retribuída também.
Em 15 minutos chegamos onde a tia Alice estava. Corri e dei um abraço forte nela.
 Eca Nessie. Você está fedendo a cachorro molhado. – Jake riu. Fiquei sem graça.
 Não ligue pra sua tia chata. Você sempre está cheirosa. Não esqueça que os ventos da madrugada são os mais quentes.

Minha tia passou a maior parte da viagem sem respirar. Disse que quando chegasse eu iria logo tomar um banho.

Quando cheguei tive que ajudar a vovó arrumar a casa. O restante foi caçar. Voltei para meu castelinho. Irei deitar e deixei a janela aberta para o vento quente da madrugada.

Comentários

  1. Que calor é esse,e por que este vento quente da madrugada não sopra em mim, amei flor cada cap meljor que o outro, estarei na torcida pelo cap 6.

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