Livro Verão PARTE 3


Quarta feira, 31 de Março de 2013

Não tenho certeza, mas já é a segunda vez que escrevo em seguida no diário. Mas já estou me acostumando. Dias lotados de mais e outros bem comuns. Hoje pela manha acordei mais cedo. Não porque não tinha sono. Mas porque ouvi meus avos conversando. Isso que me acordou. Levantei da cama com pressa. Fui até o banheiro. Fiz minhas necessidades. Escovei meus dentes. E desci a escada com pressa.

Quando desci percebi que a vovó estava em pé. Olhando para mim e sorrindo. Fui até ela e dei-lhe um abraço. Amo minha família. E Seth tinha razão. Fui retribuída com um abraço de urso que me tirou do chão.

 To com ciúmes. – disse o vovô Carlisle – Será que não mereço um abraço desses também?

Prontamente larguei o abraço protetor da vovó lhe dando um beijo no rosto. E corri até o vovô. Me dando outro abraço de urso. Era tão aconchegante. Vovô pôs suas mãos em meu rosto. Como se nunca mais quisesse largá-los.

 Isso que é o ruim se sair de casa. Perco seu crescimento. E você ta cada dia mais linda. A união da beleza de seus pais lhe caiu muito bem. – Me beijou no rosto. E voltou ao que estava fazendo.

Mal ele se afastou de mim. E já voltaram a conversar. Só me interessou uma coisa. Vovô confirmou a história das cartas e disse que os outros Clãs estão esperando nossa resposta. Quando finalmente nossa família disser que estão prontos. Todos iram juntos a Volterra. Mas é claro que o vovô decidiu dividir novamente os outros vampiros. E parece que a nossa casa vai ficar pequena outra vez.

Mamãe decidiu que iríamos morar no chalé. Até que a situação se resolvesse. O resto do dia ficou para as novidades. Minha família se dividia. Uma hora era o vovô que falava. Outra hora era o papai. Outra os titios Emmett e Rosalie e assim foi.
Minha participação nisso foi mínima.

 Vovô. Ganhei mais dois tios. – disse – tia Leah e tio Garrett.

Pronto o restante meu pai tomou a dianteira e começou a falar dos novos integrantes. Sai da sala e resolvi fazer algo mais produtivo. Fiz o que toda garota meio humana faz. Fui toma um banho. Me arrumei. E fiquei na janela lendo o livro que a mamãe me dera “Morro dos Ventos Uivantes”. Interessante a leitura. Mas parecia que eu já tinha lido. Ou visto em algum lugar. Foi ai que algo chamou minha atenção. Uma pedra bem nos meus braços. Olhei para baixo. E ali estava ele. Seth. Sorri e dei sinal de que iria descer.

Deixei o livro em cima da cama e sai correndo. Quando cheguei à sala. Papai percebeu minha pressa e me perguntou.
 Aonde essa mocinha vai com tanta pressa?
 Vou andar por ai com Seth. – nem esperei o que papai ia dizer e disse logo tchau.Corri até a porta, percebi que Seth na estava mais ali. Olhei em direção a floresta. Senti o cheiro dele. Sai correndo em uma velocidade absurda em sua direção. Seth me esperava sentado na mesma pedra que eu adormecera no outro dia. No qual me lembrava Jacob. E o beijo que ele me havia dado.
Sentei ao lado de Seth. Peguei sua mão. E coloquei o dinheiro nela. Seth me olhou e depois para sua mão e disse.

 Você ta brincando, né? – dei de ombros – Claro que eu não vou aceitar. Aquilo foi uma brincadeira. E mesmo assim, você disse que eu a estava torturando com minhas toneladas. Então já estamos quites.

 Seth aquilo não foi uma tortura. Tava brincando com você. Mas de qualquer maneira. Aquilo foi uma aposta sim. E você ganhou. Não aceito devoluções. – colocava o dinheiro de volta em suas mãos.

 Posso lhe fazer uma pergunta Nessie? – balancei a cabeça dizendo que sim. – Desde que você cresceu. Nunca lhe levaram a cidade não é? Tipo Port Angeles?
Abaixei a cabeça e disse que não. Meus pais nunca me deixaram sair de Forks. Só tinha permissão de ir à reserva Quileute e a casa do meu vovô Charlie.

 Hum. – botou a mão no queixo. O que seth estava tramando? –Foi isso que imaginei. – ele fez uma cara de tristeza e disse – Já que você não aceita devoluções. Que tal se eu fosse pedir a seu pai para deixar você ir comigo ao cinema hoje à noite? Você toparia? Já temos o dinheiro e parece bem legal gastarmos assim.

Ele esperava minha resposta. Meio débil. Mudei de cara de surpresa para mega feliz.
 Mas é claro. – disse eufórica – Claro que irei ao cinema com você. Isso se papai permitir. Tenho certeza que mamãe vai deixar. O pai que é o problema.
 Só vamos saber se perguntar. – disse me puxando pela mão.
Chegando em casa. Fomos recepcionados pelo papai. Já de cara fechada.
Nem pensar, sozinhos em uma cidade desconhecida para Nessie? – havia esquecido que papai podia ler mentes. – Já mais.

 O que houve? – mamãe perguntou, ouvindo os berros de papai. – Que cidade que Nessie não conhece?

 Mãe o Seth quer me levar ao cinema em Port Angeles. Mais o pai não quer deixar. Prometo que não vou chegar tarde. E Seth pode ir de moto. É mais rápido. Vamos ver o filme e voltar. Isso é pedir demais?
Minha cara de desapontamento e meu olhar avermelhado. Querendo chorar. Afinal por que papai tinha tanto medo de que eu andasse pela cidade? O que tinha demais? Consegui convencer doze vampiros. Ficando doze contra um. Era injusto eu sei. Mas queria muito conhecer a cidade.

 Meu caro. – disse Garrett tentando me defender. Depois daquilo gostei ainda mais dele – Vai chegar um dia que sua filha vai ter que conhecer a cidade. Você permitindo ou não. É melhor deixar agora que ela esta acompanhada e pelo que me parece bem acompanhada. – Garret sorriu para Seth. – Percebo que esse rapaz é um dos lobos. Sinto o cheiro de natureza saindo de suas veias. E da dois de mim. – disse se aproximando de Seth. – Qualquer um que for se meter a besta com Renesmee. Além de pensar duas vezes em enfrentar esse grandalhão. Vai ter os braços e pernas amputados. – tio Garret ria. Seth tufou o peito e começou a rir logo depois.
Papai não tinha escolha. Abaixou os ombros se sentindo derrotado. Olhando para mamãe. Como se dissesse até você.

 Ta bom, podem ir. Mas qualquer coisa ligue. E você falou que Seth dirige motos. Parece-me meio novo para isso. Mas pela nossa amizade Seth você vai na minha moto. Ela ta lá na garagem é só pegar. – papai parou de falar um estante e disse – Não!! Faça melhor. Fique com ela. Já que sei que isso não ira se repetir. É melhor já ter algo seguro em mãos.

Não irá se repetir? Esse argumento vai ficar para depois. Papai se esforçara bastante me deixando ir. Corri até ele. E lhe dei um beijo no rosto. E disse.
 Você é o melhor. – papai me olhara nos olhos. E sorriu.
Logo em seguida fui até meu novo tio. Garrett. Quando cheguei perto dele. Ele se afastou um pouco.

 Nessie lembre-se você não é só uma vampira. Seu sangue pulsa em suas veias. E é quente. Isso incomoda um pouco. – disse tia Kate.
Mas tio Garret gostava de novidades. Não ligou para o que tia Kate falara. E me deu um abraço me levantando do chão.

 Que sangue o quê. Quem gosta disso? – disse ironicamente. Ri para ele. – Nada vai me deter e me afastar da minha sobrinha mais linda que conheço. – me beijou a testa –, vai e curta o cinema. Depois me conte como foi. Ok?

Movi a cabeça confirmando o pedido. Depois de todo esse melodrama. Fui até meu quarto me arrumar. E Seth voltou para a matilha. Precisava avisar que iria sair comigo. Enquanto isso. Ficava imaginando como seria a cidade. O cinema. Os outros humanos. Meus pensamentos foram interrompidos por uma batida no quarto.

Quando abri a porta. Eram minhas tias. A vovó e a mamãe. Fui imediatamente colocada no banco da cabeceira. Tia Alice decidindo que roupa iria usar com um montante nas mãos. Tia Rose me penteando. Tia Kate escolhendo que tipo de maquiagem iria usar. E mamãe me olhando no canto, rindo de toda essa confusão.

 Ah!!! Chega. Parem por favor!! – dei um berro – Eu só vou ao cinema. Não vou a um casamento. E não vou ver nenhuma coroação de um rei. Vão com calma.
 É melhor deixarmos Nessie escolher por si própria. – mamãe disse. – É o primeiro encontro dela. Temos que deixá-la formar seu próprio estilo. Para que se sinta segura.

Ouvi vários “aaaah..”. Graças à mamãe. Fui salva. Minhas tias concordaram e saíram uma por uma me dando um beijo na testa. A ultima foi à vovó que me deu um prendedor de cabelo e disse.

 Usei isso quando sua mãe se casou. – disse amavelmente – E agora estou lhe dando. Faça o melhor que poder. Sei que não pode fazer muito, pois você já é linda naturalmente.
Minha avó me beijou e fechou a porta.

Tranquei a porta. E sozinha comecei a tirar as milhares de roupas da cama. Olhei uma por uma. Mamãe disse que era o meu primeiro encontro. “ENCONTRO”. Quando notei essa palavra entrei em pânico. Iria sair da cidade pela primeira vez com meu “suposto” melhor amigo. Seth era mesmo somente meu amigo?

Mandei esse pensamento para bem longe. Pois olhara para o relógio da cabeceira e percebi que meu tempo ficou curto e a qualquer momento Seth chegaria. Já que a condição era moto. Vesti a primeira roupa que vi na frente. Uma calça jeans e uma camisa, com a metade da costa nua. Com um laço na nuca. Nos pés uma melissa. E o cabelo deixei um lado solto e o outro estava preso pelo broxe que a vovó me deu. Encaracolei as pontas. Nunca gostei de maquiagem. Mas passei lápis preto nos olhos. Até que ficou bom. Realçou meus olhos. Blanchet rosa. E na boca um batom rosa.
Será que estou bonita? Será que na exagerei na maquiagem? Foi ai que ouvi batidas na porta da sala. Era seth. Papai abriu a porta. E disse “ela ta lá em cima”. Tio Emmett como gostava de fazer piadinhas. Não perdeu a oportunidade.

 E ai Seth. Diz a verdade cê ta pretendendo entrar para a família não é? –ai que vergonha. Abri a porta e dei de cara com tia Alice. Ele me olhou. Estudando minha produção. E disse.

 Você está linda. – e me deu um abraço. Fiquei aliviada. Tia Alice nunca escondia quando achava que minhas roupas estavam péssimas.
Desci correndo as escadas antes que meu “suposto” melhor amigo. Ficasse ainda mais constrangido. Quando desci me senti uma pop star. Holofotes. Flashes. Minhas tias. Cada uma com uma câmera na mão. Todos os vampiros olhando para mim esperando o autografo.

 Ah! Eu arfei. Parem de olhar pra mim assim. Tão me assustando. Até parece que nunca me viram – quando me virei para Seth. Ele também estava me admirando. Meio boquiaberto. Fiquei corada. Abaixei os olhos. Para não encarar os dele. Assim não ia raciocinar direito. Vi que segurava um ramo de rosas. Seth estava diferente. Estava lindo. Afinal também se produzira para o suposto encontro.
 Oi Seth. Você ta diferente. –fui até ele. Peguei as flores. – Obrigada.
Seth me entregou as rosas. Tossiu. Meio tremulo. Como se fosse desmaiar a qualquer momento. Disse.
 Você ta linda! Seu cabelo. – tocou no broxe que a vovó me dera. – Parece mais um anjo! –ouvi papai pigarrear. Ciúmes.

 Pronto Seth você já faz parte da família. – tio Emmett disse rindo. – Conseguiu fazer com que Nessie usasse maquiagem. Ta confirmado então. Sejam bem..
Tio Emmett foi interrompido com um soco nos ombros.
 Já chega de embolação – Interrompendo papai dizendo. – Acho que vocês estão atrasados. Vão logo antes que fique tarde. Antes que eu mude de idéia. Qualquer coisa, me liguem imediatamente.

Mamãe me levou até as escadas, e me falou algo diferente em meus ouvidos.
 Um dia meu pai me disse assim. “Às vezes precisamos amar aqueles que realmente nos amam”. Fiz o que ele me disse. E hoje posso lhe dizer que essa família. Concerteza é a que sempre quis ter. Dei uma chance ao destino. Não se preocupe se não der certo. Sempre estarei aqui para lhe ajudar no que for preciso. Pra sempre. – disse mamãe – te amo muito querida. – me beijou na testa e adentrou na casa.

Mamãe me deu adeus e logo depois para Seth. Caminhei até a garagem da Casa. Tentando compreender o que ela quis dizer com isso. Como sempre, enigmas a serem desvendados. Seth me alcançou e pegou na minha mão. Logo meus pensamentos fugiram. Meu coração gritava alto. Me entregando novamente. Não conseguia pensar claramente. Por que não conseguia controlar meus pensamentos? Será por que depois daquela noite na campina tudo havia mudado o que eu pensava sobre Seth? De algo tinha certeza. Seth agora não era somente meu melhor amigo. Era algo a mais que brincadeiras e puxões de cabelo. Não sabia. Mas iria descobrir o que era isso ainda nessa noite.

Querido diário. Que esconde minhas confissões mais íntimas. Meu fiel escudeiro. Por força maior que a vontade de lhe contar o que aconteceu. Pausarei aqui meus segredos. Pois estou muito cansada para continuar a escrever. Nem acredito que depois do encontro ao qual ainda estou digerindo. Tive disposição de ir ao treino. Deve ser por isso, o cansaço. Amanha lhe contarei em detalhes o que aconteceu. Boa noite. E me deseje bons sonhos.

Quinta feira, 01 de Abril de 2013

Bom dia querido diário. Obrigada pelo desejo de bons sonhos. Meu sonho foi realmente um sonho. É tão bom começar o primeiro dia do mês feliz. Hoje tenho que admitir que o dia foi meio chato. Mas o que aconteceu ontem. Não posso deixar de narrar.
Não recordo de outra noite igual. Ou melhor. Concerteza a melhor noite da minha vida. Logo depois das mãos dadas. Do coração acelerado pronto para explodir. Seth me levou até a moto que papai lhe dera.

Seth tirou a lona que cobria a moto. Ela era gigante. Perfeita. Seth pegou o capacete e pôs em mim. Com cuidado tirou meu cabelo do rosto. Senti seus dedos quentes tocarem em minha pele. Subiu na moto. Ele parecia àqueles motoqueiros selvagens. Com uma camisa meio cinza com detalhes beges. Que me fazia lembrar ele em forma de lobo. E uma jaqueta de frio preta.

 Vamos? – disse ele subindo na moto. Logo em seguida subi na garupa. – Segure-se bem. – nem precisava pedir. Mas também adorei a desculpa para que meu corpo ficasse colado ao dele de novo.

Seth corria rápido. Ele não era como esses garotos. Que só estão dirigindo para se mostrar pra namorada. Ele dirigia perfeitamente.

Vento no rosto. A sensação de liberdade era incrível. Já havia andado de moto com Seth antes. Dessa vez foi diferente. Tava louca para conhecer Port Angeles. Mas queria que fosse meio longe. Que eu pudesse continuar sentir o cheiro de Seth. Abraçá-lo sem que ele percebesse que era com más intenções. Mas como tudo que é bom, dura pouco.

Ainda na estrada de Forks. Seth freou bruscamente. Levando-me com tudo para frente.
 Desculpa Nessie. – disse Seth – Temos um pequeno empecilho.
Olhei em direção que Seth se referia ao “pequeno empecilho”. Vi Jacob.
 Para onde você vai com ela? – Jacob dizia furioso para Seth. –Tem autorização para isso?

 Não é nada disso que você ta pensando. Essa moto não é roubada. E não estou tentando seqüestrar Nessie. – Seth se defendia – Edward me deu a permissão. E o resto da família também. Foi o próprio Edward que me deu essa moto. – Seth apontara para a moto. E voltou a olhar para Jacob. Quando tentei falar alguma coisa. Seth fez sinal para que não falasse nada. Ele sorriu pra mim como se dissesse está tudo bem.
Mas não estava. Jacob como sempre achando que é o dono de Seth que pode mandar nele. Isso me deixou furiosa. Vi quando Jacob tirou algo do bolso da calça. Era um celular.

 Edward. É verdade o que Seth diz? Que você deu permissão para ele sair com a.. Antes de Jacob concluir ele foi interrompido.
 Jacob. Se acalme. E sim, dei permissão para isso. Jacob desligou o celular e Seth falou primeiro.
 Agora que já sabe a verdade. Posso ir? – Seth levantou a sobrancelha encarando-o.

 Sabe que estará sozinho de novo na próxima patrulha. Já que você abandonou seu posto. Quando voltar terá muito trabalho a fazer. – Jacob olhou para mim. Como se perguntasse por quê? Ele estava triste. Seu olhar me doeu à alma. Quis que tudo aquilo acabasse. Que eu pudesse sair dali e abraçá-lo. Dizer que tava tudo bem. Que ainda o amo. Mas não podia. Não podia decepcionar Seth. Afinal Jacob escolheu se afastar. – Divirtam-se. Foi sua palavra final.
Antes que eu pudesse dizer adeus. Virou as costas e saiu correndo em direção a floresta.

Quando Seth voltou a pegar a estrada. Queria chorar. Queria chorar até amanhecer. Uma lágrima caiu em minha bochecha. Mas o vento forte fez o serviço de enxugá-las. Não suportava aquilo. Não era pra ser Seth ali e sim Jacob. Seth estava calado.
Chegamos a Port Angeles bem mais cedo que o esperado. Não tive tempo de me recompor. Antes que eu pudesse tirar o capacete. Limpar as lágrimas. Seth foi rápido. Com cuidado irou meu capacete e se deparou com meu estado deplorável.
Seth me abraçou. Colocou meu rosto em seu peito. Enxugava minhas lagrimas com seus dedos.

 Não chore. Um dia Jacob vai entender. Ele vai nos perdoar. Desculpe-me por ter te metido nessa.
 Eu que lhe agradeço por estar me metendo nessa. – Sorri para ele. Jacob não podia estragar minha noite na cidade. Seth sorriu de volta.
 Prefiro mil vezes ver você rindo que chorando. Seu rosto brilha mais ainda e seus olhos também. – rimos juntos. Ele me fitou. Queria dizer alguma coisa. Mas mudou de rumo. – Bom acho que seus olhos não vão presenciar o filme se não entrarmos logo. Você que escolhe. Vamos ficar aqui fora ou ver filme?
 Ver o filme. – mas estava em dúvida. Ficar abraçada com ele já tava ótimo.

Seth sorriu. Ele segurou minhas mãos. Mas dessa vez foi diferente. Ele entrelaçou seus dedos nos meus. Quem visse de fora diria que somos um casal de namorados. Me senti tão segura daquele jeito. Seth era lindo. Mais alto que eu. Mais forte. Mais gos.. Nossa Seth estava usando uma calça preta apertada que deixava seu bumbum lindo. Nossa ele tinha um bundão. MEU DEUS O QUE TA ACONTECENDO COMIGO!!! Nem acredito que olhei para a bunda do meu melhor amigo! Olhei para outro lugar antes que ele notasse.

A fila estava cheia. Também escolhemos uma quarta para ir ao cinema, dia de promoções. Enquanto Seth olhava para TV que passava os trailers de cada filme que estavam em cartaz. Escolhendo o melhor. Eu ficava olhando para ele. Admirando-o. Seu rosto era reluzente. Seus olhos eram como chocolate. Um marrom claro. Seu nariz era meio redondinho nas pontas. Que me faziam rir. Seu sorriso era algo espetacular. Seus dentes refletiam sobre as luzes florescentes. Seu cabelo estava meio grande. Meio arrepiado. Mas lindo é e claro. Sua pele era magnífica. Lisa. Um marrom tão claro que combinava com todo o resto. Eu era mais clara que ele. Combinando até.

Como se meus dedos tivessem vida própria. Com a mão esquerda deslizei meus dedos. Desenhando seus músculos expostos. Sentindo a maciez de sua pele. Quando percebi. Seth estava todo arrepiado. Olhei para ele. Ele estava me encarando. Senti minha pele arrepiar.

 Caixa livre. – ouvi a vendedora dizer no alto falante. Era nossa vez. Seth foi até a bancada. Pediu dois ingressos.

 Vamos? – olhei para Seth. – vamos. – respondi sorrindo.
A sala estava escura. Pessoas conversando. Mastigando. Isso me assustou. Segurei firme nas mãos de Seth e disse baixinho.

 Me segure se eu cair. E se você rir. Você me paga! – ele sorriu e subimos.

O filme não era lá muito agradável. Já tava ficando entediada quando Seth decidiu se vingar. Percebi que Seth me encarava como na fila. Não tive coragem de encará-lo de volta. Ele começou a acariciar meu braço.
 Você brilha também. – olhei para ele. Minha respiração tava mais acelerada. – Diferente dos outros vampiros. É claro. Você é linda do mesmo jeito. Ri nervosamente e voltei ao filme.

Quando o filme terminou. Fiquei meio triste. Não queria que o dia acabasse.
 Obrigada. Adorei o cinema.
 Você gostou? Por que se gostou o dia não precisa acabar.
Sorri para ele. Afinal Seth também podia ler pensamentos?

“Parque Mil Rosas”. Era o nome que li na entrada. Pelo nome já estava encantada. Esse lugar parecia ser sonho. Tinha tantos humanos e todos tão felizes. O lugar era todo iluminado. Cheio de brinquedos. Pela primeira vez vi uma montanha ruça.

Seth e eu brincamos em quase todos os brinquedos. Já estava ficando exausta. Mas não permiti isso. Queria brincar mais. Ir a todos os brinquedos. Aquilo era fantástico. Seth perguntou se eu queria comer algo. Comida de humanos. Já que eu era meio humana. Eu topei. Hot Dog com mostarda é uma delícia. Sei que para muitos. É somente um lanche. Mas para mim foi demais.

Seth parecia que nunca ia cansar. Depois de comermos. Seth foi brincar de basquete. Ele era bom. Ganhou um urso meio grande. Ele me deu e o segurei como se fosse um ouro. Ele me perguntou se eu queria comer algo diferente. Como algodão doce ou pipoca. E disse que já tava satisfeita. Na verdade estava com medo, nunca comi comidas tão diferentes. Ele comprou uma varetinha com varias uvas e envolvida em um liquido marrom.

 Não acredito que nunca lhe deram chocolate. Nossa você precisa comer isso. – ele dizia com a boca toda lambuzada desse tal chocolate. Comecei a rir. E pedi outro ao vendedor.

Antes que o vendedor me desse. Seth pegou e colocou a uva envolvida no chocolate em minha boca. Sujando meu queixo. Tenho certeza que foi de propósito. Argh. Seth me paga. Procurei em meus bolsos um lenço, mas não encontrei. Quando fui pedir ao vendedor.

Ele fez algo que eu não esperava e me surpreendeu.
 Não se mexa. – eu o encarei. O que ele ia fazer?

Devagar ele se aproximou do meu rosto. Ficando muito perto. Seth deu um sorriso maligno. Com sua língua. Começou a limpar o chocolate do meu queixo. Senti que meu coração ia sair pela boca. Minha respiração acelerou. Estava corando. Concerteza quase um vermelho puro.

 Argh. Eca Seth. Você me encheu de baba. – protestei. Antes que meu coração fugisse do peito. Seth começou a rir. O encarei. Não me contive ri junto.

Já estava exausta. Quando Seth me levou a uma praça próxima do parque. Estava quase vazia. Olhei para o céu. Iria chover. Droga. Logo hoje que tava tão perfeito. Seth me levou a um banco que ficava abaixo de uma árvore. Ele pegou o urso de meus braços. Senti um calafrio. Com o vento que soprava avisando a chuva. Seth me deu sua jaqueta. Senti-me mais quentinha. Pois o casaco já estava quente. Os lobos são quentes. E isso me agradava. Seth pôs o urso entre as pernas e me abraçou.

Pus a mão esquerda no seu peito. Queria saber se seu coração estava acelerado tanto quanto o meu. Ele colocou sua mão em cima. Esquentando a minha mão. Pus a mão direita em seu ombro. E retirei a mão esquerda de seu peito. Colocando no seu rosto. Ele fechou os olhos. Permitindo-me que desenhasse as veias de sua pálpebra. Ele me apertou mais ainda. Não satisfeita. Aproximei-me mais e comecei a cheirar sua pele. Um aroma amadeirado bem leve. Que me fez lembrar o meu resgate, mês passado. Deslizei os dedos em sua bochecha até chegar a sua boca.

Sentia a respiração de Seth. Estava rápida. Voltei a olhar os seus olhos. Eles me encaravam.

 Perdoa-me. – antes que eu perguntasse o porquê. Seth colocou a mão na minha nuca. E me beijou. Fui pega de surpresa. Uma ótima surpresa. Foi diferente.
Emocionante. Senti que meu coração e o dele estavam sincronizados. Seus lábios eram deliciosos. Já estava ficando sem ar. Ele parou. E me fitou. Retribui o olhar admirado. Foi bom que seth tenha me beijado. Por acho que minhas duvidas foram solucionadas.

 Seth. Posso lhe fazer uma pergunta? –Seth fez sinal que sim. – Foi você mês passado que me levou pra casa, não foi?
 Foi. – Seth abaixou a cabeça.

Encarei-o. Não fora Jacob. E sim meu melhor amigo colorido. Levantei seu rosto. Segurei-os. E voltei a beijá-lo. Senti uma Gota de água cair em meu rosto. Começou a chover. Estava tudo tão perfeito. Ali debaixo daquela árvore. Beijando-nos. Essa chuva. Seth começou a beijar minha bochecha. Sentia seus lábios quentes.

 Esta escurecendo. Vamos chegar tarde a sua casa. E outra. Precisamos respirar. – rimos juntos.

Seth pegou minha mão e fomos junto até a moto. Quando chegamos perto da moto. Seth parou de andar. E me olhou. Segurou meu rosto com suas mãos, quentes e macias.

 Você não sabe o quanto estou feliz. Não sei como vai ser daqui pra frente. Não sei o que vão pensar. Mas não quero perde sua amizade. – ele me olhava com ternura.
 Não preciso saber o que vão pensar. Eu só quero saber de nós. E eu to amando isso tudo. É o que importa.

Seth sorriu pra mim. Como se estivesse aliviado de algo que o perturbava. E me beijou novamente. Dessa vez foi mais demorado. Nos entregamos. Foi bem diferente do meu primeiro beijo com Jacob, que não foi muito produtivo. Mas Seth mostrava seus sentimentos em seus beijos, e dessa vez me senti amada e desejada.

Depois do beijo, que me fez ficar toda arrepiada. Já que ele passava seus dedos no meu rosto me acariciando. Subimos na moto. Antes de Seth ligar a moto. Meio sem fôlego EU disse.
 Antes de entrarmos na estrada do casarão. Para a moto um pouco longe por favor.
Sem perguntar o porquê. Seth disparou a moto. Chegamos tão rápido que nem percebi o tempo passar. Estava tão bom, ficar abraçada com Seth. Tão aconchegante. Que acho que acabei cochilando. Abri os olhos. Quando senti a moto freiando.
 Daqui que há alguns minutos já é sua casa. – ele tirou meu capacete – O que você quer fazer? – perguntou curioso.
 Não quero que a noite acabe assim. No seco. Quero lhe dar uma boa noite diferente. E lhe pedir para que ainda não conte nada. Vamos curti. Se minha família e os lobos souberem você estará ferrado. Não faça nada, se puder nem vá hoje ao treino. Sei que vamos pensar em tudo que aconteceu hoje. Por isso não quero ver Jacob brigando com você.
Agora Seth não era mais meu melhor amigo? Agora ele era meu ficante?

 Ele sabe Nessie que tem algo diferente comigo. E hoje de manhã ele me botou pra fazer a patrulha sozinho. Por isso apareci na sua casa de manhazinha. Mas ta tudo bem, não irei hoje, por você. –Ele me abraçou. E em seguida o beijei.

O beijei com tanta vontade, que de novo não percebemos o tempo passar. Entre os beijos Seth disse.

 Vamos nos atrasar... Estou adorando isso... Não queria parar... Mas temos horários lembre-se disso... Ainda quero lhe ver muito.

Parei de beijá-lo. Olhei para ele como se eu fosse uma criança. Que acabara de perder um doce. Ele sorriu. Subimos na moto. Antes que eu abrisse a porta. Ouvi a maçaneta girar era papai. Pela primeira vez tive medo do meu pai. Não por mim, mas pelo Seth.

 Oi amor. – papai me abraçou. E me beijou na testa. – Como foi o passeio, com essa chuva?
 Foi ótimo! – Seth respondeu. Ele sorriu para papai. Me beijou na testa e se despediu.

O vi voltando. Fiquei ali até ele sumir. Quando olhei para papai. Percebi que ele também olhava na direção em que Seth fora. Droga ele deve ter visto tudo nos pensamentos de Seth. Entrei rápido. Percebi que todos estavam na sala. Me olhavam.

Já de noite. Fui ao treino com minha família. Quando cheguei à clareira me deparei com algo estranho. Leah estava em forma humana. Mas nada de pânico ela só queria saber o que havíamos comido que fez Seth botar tudo pra fora ao chegar em casa.

 Seth ainda vai me fazer correr na sua patrulha, – Leah disse rindo. – Mas o que não faço pelo meu irmãozinho e pela minha nova sobrinha. – E sua possível cunhadinha. Pensei comigo mesma.

Seth continuava no disfarce. Mas ligava algumas vezes. Ou me enchia de mensagens. Estava adorando tudo isso. E acho que amanha vou visitá-lo. Bom querido diário agora irei me deitar. Estou cansada como sempre. É difícil ser a única que dorme em casa.

Comentários

  1. O clima está ficando otimo, cadê eu uma horas dessas para sirvi de consolo para o Jakepegael.rsssrs Louca

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